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Trump e a censura como cabo eleitoral da esquerda

Como pautas de esquerda não ganham eleições, a luta é contra o perigo que dizem estar representado na direita

As recentes eleições no Brasil e nos Estados Unidos deixaram claro: a direita conquista o voto da população com pautas objetivas e concretas; a esquerda conquista voto só da elite intelectual com pautas abstratas e distantes das necessidades urgentes da nação. Além disso, o compromisso da esquerda com um autoritário identitarismo woke a afasta da defesa de valores básicos, como a liberdade de expressão. 

Sem voto e sem povo, a esquerda sobrevive graças a um ecossistema midiático e cultural que, sempre quando seus candidatos saem derrotados nas eleições, cria a enfadonha narrativa de que a democracia está em risco e o extremismo destruirá o mundo. Como suas pautas não ganham eleições, a luta não é pelo voto na esquerda, mas contra o perigo que dizem estar representado na direita.

Naturalmente, essa narrativa vai se tornando cada vez mais conhecida e é nesse ponto que a censura se torna um cabo eleitoral importante: 

  • cancelamentos promovidos por celebridades de esquerda a políticos e influenciadores de direita; 
  • ONGs e universidades financiadas pela esquerda para identificar perfis de direita e os silenciar, sob a desculpa esfarrapada de estarem combatendo ódio e desinformação; e
  • no Brasil, o crème de la crème, o ativismo da Suprema Corte que, por ideologia e afinidade política, corrobora o discurso fácil  de que toda a direita é extremista e perigosa, censurando-a. 

Nossa Corte chegou ao ponto de, nas últimas eleições, suspender a rede social X, pertencente ao apoiador de Trump, Elon Musk, como expus em meu recente artigo “Suspensão do X foi laboratório para 2026”.

Com a direita criminalizada, marginalizada e silenciada, e apenas a esquerda tendo voz, a narrativa do voto para salvar a democracia convence.

Nos Estados Unidos, a esquerda não conseguiu aparelhar as instituições a ponto de impedir a candidatura ou mesmo a eleição de Trump, mas a narrativa de que a democracia acabou será mais forte e hostil do que jamais foi e isso repercutirá no Brasil.

Como nossa economia vai mal, a política é um caos e o governo petista se equilibra no fio da navalha, comecem a notar que, convenientemente, tanto o governo, quanto a mídia e o Judiciário passarão a sistematicamente dizer que o Brasil não pode flertar com o “perigo fascista” que ronda a América. Assim, nossos próximos 2 anos serão dia e noite essa ladainha. Quem for contra, será fascista e merecerá censura e silenciamento.